É um país situado na porção ocidental da Ilha
Hispaniola, no Mar do Caribe. Possui uma população
equivalente a do estado do Ceará, porém com um território cinco vezes menor. Há anos atravessa uma grave crise
generalizada em todos os setores, porém foi por probelmas na segurança que o
país foi ocupado por tropas norte-americanas e em 2004 a ocupação passou para
ONU através da MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para
Estabilização no Haiti).
Desde 2004 o Brasil mantém militares na MINUSTAH. Normalmente a cada
seis meses é realizado o rodízio do contingente brasileiro na Missão. Hoje o
Brasil conta com pouco menos de dois mil militares na MINUSTAH, porém desde
2004 mais de 13 mil militares das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica)
já passaram por lá.
A imagem do Haiti na mídia, sobretudo brasileira,
geralmente é construída a partir de notícias de tragédias, catástrofes
naturais, embarque e desembarque de tropas militares, miséria, algum programa
humanitário das Nações Unidas ou de alguma ONG, assim como atividades pontuais
protagonizadas por extrangeiros que estão lá por diversos motivos.
Estive presente na MNUSTAH entre abril e novembro de 2012, como militar, e após constatar as
diversas nuances da população haitiana e como isso diferia do que, até então,
eu imaginava, resolvi contar um pouco do que vi. Dentro da linda que direciona o
que foi conhecido como “Jornalismo Gonzo ” pretendo contar principalmente as minhas
constatações e impressões pessoais por integrar e estar inserido na Missão e
não apenas como acadêmico de jornalismo, que sou, em uma cobertura
internacional qualquer. Serão evidenciados os pontos positivos da Missão, do
País, a informação de dados oficiais sem sobretudo abster-me de tecer
comentários e por vezes críticas à situações que ainda devem ser corrigidas. À
partir dos relatos objetiva-se convidar a uma reflexão sobre certos pontos
observados no imaginário popular sobre esse pequeno país caribenho.
Semanalmente o leitor vai encontrar entrevistas, notas, comentários
sobre a imagem que se tem do Haiti tanto por quem esteve lá quanto por quem só
ouviu falar. Com isso o internauta poderá tirar suas próprias conclusões, ainda
que sobre a perspectiva e opinião do repórter, mas não sua limitação, seja sobre o Haiti seja sobre a ideia comum
que se tem sobre o Haiti.
O que esperar do povo de um país que, além da falta completa de
infraestrutura, da crise socioeconômica ainda é vítima de grandes tragédias e
desastres naturais? Esse é a pergunta que muitos imaginam uma resposta óbvia e
o Assim é o Haiti vai instigar e
trazer diversas concepções e análises para que você tenha argumentos para assim
formular sua própria resposta. Será que as atividades da ONU lá é o que
realmente se espera dela?
As vertentes e lembranças da passagem pelo Haiti são diversas. Há
quem goste, há quem não goste, há quem voltaria, há quem não voltaria assim
como existem pessoas que gostariam de conhecer e outras que jamais se disporiam
a pisar na Ilha. Os motivos para isso são vários e muitos deles devem ser
abordados aqui.
O principal assunto em questão será o povo haitiano, sua beleza, sua
luta diária pela sobrevivência, sua alegria, suas dores e sobretudo sua imagem
que fica na memória dos que por lá passaram. Para isso será feita entrevistas
com militares que lá estiveram e também seus parentes ou familiares, militares
que estão lá, funcionários civis haitianos que trabalham nas bases brasileiras
em Porto-Príncipe, sempre com o objetivo de conhecer.
O ser humano possui suas peculiaridades segundo a região que habita
ou a formação que teve, mas em momento algum deixa de ser humano. A postura
diante de problemas e soluções é uma opção reservada diariamente a cada um.
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