Editoria: Turismo


 

Vamos a la playa!

 

Difícil de acreditar que esse lugar também é Haiti e está a poucos quilômetros do centro de Porto Príncipe.

O interior do país também possui praias e belezas naturais que não deixariam nada a desejar para os famosos Resorts da República Dominicana[1], ou Rep Dom como é o país vizinho é conhecido entre os brasileiros da base.

Existem relatos de haitianos que já viveram no interior do país, de que Cruzeiros norte-americanos atracam e passam o dia em praias haitianas que são “vendidas” aos turistas, simplesmente como Ilha Hispaniola. Porém a cerca de 20 km  do centro da capital é possível encontrar praias privadas em hotéis onde o visitante não-hóspede, mediante pagamento de uma taxa, pode passar o dia e desfrutar das instalações dos hotéis, que na verdade são como clubes náuticos à beira do mar. As águas do mar do Caribe tão calmas quanto claras e em nada lembram o Oceano Atlântico que banha a costa brasileira.

            Esses clubes-hotéis (foto à direita) são frequentados basicamente por funcionários civis da ONU e por militares que estão a serviço da MINUSTAH. Porém existe sim uma minguada elite haitiana que também frequenta tais lugares. O atendimento não é o que se poderia chamar de cinco estrelas mas também não está perto de ser o pior do mundo.

 Os preços, assim como água do mar, são bem salgados, sobretudo pelo fato do visitante não ter outra opção de consumo de alimento, acaba inevitavelmente pagando o preço estipulado pelo hotel. (vide imagem abaixo)


           
 

Preços praticados pelo Club Indigo, um dos vários que existem nas proximidades de Porto Príncipe.

            A entrada custa 15 dólares e os demais preços são anunciados em “tikctes” que são adquiridos por 1 dólar americano cada um, equivalente a aproximadamente R$ 2,00.

            Ex: opção 4 = duas cervejas mais dois hambúrgueres custam aproximadamente R$ 32,00.

           
Militares Brasileiros na praia

 

O Brabat 2/16, um dos contingentes brasileiros no Haiti, possuía uma certa frequência de visita à praia. No domingo era disponibilizada uma viatura para o deslocamento. O veículo escolhido dependia do número de militares interessados em ir ao passeio. Existia sempre a preferência para os militares que estavam em seu período de leaving[2] . Assim como qualquer deslocamento na capital esse viatura de transporte do pessoal, além de levar aqueles que estavam indo usar a praia, também levava um segurança armado e ainda assim deveria ser acompanhada por uma outra viatura específica para garantir a segurança do grupo durante o deslocamento e que depois ficava à entrada do clube fazendo a segurança do local.

Os comandantes das unidades sempre primavam pela segurança do seu pessoal fora da base, sobretudo nos momentos em que havia militares em atividades de arejamento. No início parece um pouco estranho estar armado ou protegido por seguranças durante todo o tempo fora da base, mas com o passar dos dias passa a se integrar a rotina e se estranha quando não existe tal segurança.
 



[1] País vizinho ao Haiti e famoso por  ter uma grande concentração de Resorts  e belas praias caribenhas com o regime All Inclusive onde o hóspede tem direito a comida e bebida à vontade durante toda sua estadia.

[2] Período de dispensa em que o militar pode optar por sair do país como se fosse férias, porém alguns  optam por permanecerem na base e como não podem sair pela cidade, eles têm preferência em passeios organizados pelo Batalhão.

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